segunda-feira, 29 de julho de 2013

Legado da Jornada Mundial da Juventude

Um grande evento nacional se encerra, mais de três milhões de participantes aproveitaram o evento na cidade do Rio de Janeiro durante seis longos e cansativos dias. Muito foi visto, ouvido, sentido e aprendido, mas qual será o legado deixado pela Jornada Mundial da Juventude?

Esta questão pode ser analisada em diferentes tópicos, vamos salientar de imediato o mais importante. A vinda do Papa Francisco I ao Brasil para celebrar a JMJ traz um novo marco para a renovação da fé e de conceitos. Jorge Mario Bergoglio, 77 anos, nascido na cidade de Buenos Aires na Argentina, foi eleito através de um conclave, o papa de número 266 da Igreja Católica no dia 13 de março de 2013 para suceder seu antecessor Bento XVI que renunciou oficialmente ao cargo no dia 28 de fevereiro do mesmo ano.

A eleição do argentino foi rápida, mostrando o entendimento de todos os envolvidos no processo que Jorge era sem dúvidas o mais preparado a assumir função com tamanha responsabilidade e durante a jornada ele ofereceu uma prova que aqueles que o elegeram estavam corretos. Sempre carismático e próximo ao público, Francisco I esteve presente em todos os eventos, física e espiritualmente, suas ações demonstravam envolvimento tanto para os presentes às celebrações quanto aqueles que acompanhavam pelos meios de comunicação.

Mas como não só de flores é decorado o Brasil, o país com o maior número de católicos do mundo não poderia deixar o evento passar batido sem dar seu cartão de visitas padrão, ou seja, a desorganização. Já no primeiro passeio de carro aberto, sua Santidade ficou preso em meio ao caótico trânsito da cidade maravilhosa, para desespero dos policiais federais que o acompanhavam temendo alguma atitude hostil e para a alegria dos transeuntes do local que inesperadamente tiveram as suas vistas o saudoso papa.

Além de outros contratempos, um que ganhou destaque foi o mau planejamento para construir o chamado campo da fé, em Guaratiba zona oeste da cidade. A constante chuva somado ao mau preparo, transformaram o local em um pântano, os valores dos gastos que viraram um lamaçal ainda não foram divulgados. Com isso a vigília e a missa final da Jornada Mundial da Juventude, foram transferidos para Copacabana, as belezas das imagens veiculadas da multidão aproveitando o momento ao lado do mar, suplantaram a incompetência por parte da prefeitura da cidade.

A cidade que receberá os jogos da Copa ano que vem, e as Olimpíadas de 2016, mostra sua deficiência em organizar grandes eventos e dificilmente veremos esse quadro mudar de maneira positiva, os discursos evasivos estão sempre prontos. A menos que os manifestos como visto nos últimos dias durante a JMJ ganhem força para mudar este quadro, pois no Brasil é perceptível mudar as coisas apenas a base de insistência popular.

Barbeiragem a parte, a Jornada Mundial da Juventude nos deixa um legado de harmonia, esperança e respeito, mútuo e em grande escala, o Papa Francisco demonstrou sua felicidade em visitar o Brasil e prometeu voltar em 2017, ano que completará 300 anos da descoberta de Nossa Senhora Aparecida pelos pescadores.

Que a maior autoridade da Igreja Católica nos inspire com sua humildade, devoção e sabedoria a nos tornarmos pessoas melhores a cada dia, pode até parecer uma frase clichê de final, mas com certeza todos desejamos um mundo melhor.



“Não tenho ouro nem prata, mas trago Jesus Cristo.”
Papa Francisco I

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Jornada Mundial da Juventude

A Jornada Mundial da Juventude acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho de 2013, na cidade do Rio de Janeiro. Sim, ouvi muito falar sobre isso, mas não sei o que é, sem problemas, vamos descobrir juntos do que se trata.

A JMJ foi criada no ano de 1984 pelo Papa João Paulo II, considerado por muitos como um dos mais inovadores representantes de Jesus Cristo por sua mentalidade modernista. O primeiro evento foi celebrado na Praça de São Pedro no Vaticano onde o papa entregou aos jovens uma Cruz, instrumento este que se tornaria um dos principais símbolos do evento. A Jornada não possui uma periodicidade que seja seguida a risca, mas em média acontece a cada dois anos, sendo cada vez em uma cidade diferente ao redor do mundo.

A ideia principal do evento é aproximar a juventude, ultrapassando as barreiras geográficas, etnológicas, de crenças, costumes e religiões, todos fundamentados no propósito de levar a palavra de Deus a todos os que querem ouvir, não apenas com os ouvidos, mas com os corações.

Lindo isso não é? Sim, de fato, mas nem todos pensam assim, pra variar só um pouco sempre aparecem aqueles que criticam e manifestam-se contra, usam argumentos de excessos de gastos com a logística do evento, acham desnecessário e disseminam a ideia de mau uso do dinheiro público, e ainda tem piores, que costumam ser partidários ao governo e que criticam verbas para a realização da Jornada, mas se abstém de discursar contra a corrupção. Não podemos esquecer também dos ateus, esses sim são campeões em teorizar críticas contra quaisquer eventos de cunho religioso.

Questionamentos a parte, a chegada do Papa Francisco I ao Brasil é aguardada com ansiedade por muitos. Será sua primeira viagem internacional após ser nomeado como o maior representante da igreja católica, desde o conclave que o elegeu após a renúncia de seu antecessor, o atual Papa Emérito Bento XVI, no final do mês de fevereiro deste ano.

O aparato tradicional de segurança para o Papa é reforçado como sempre, além do Rio de Janeiro, onde se concentrará todo o evento, ele visitará a cidade e a Basílica de Aparecida do Norte, que fica no interior de São Paulo. Existe a expectativa de que a exposição mundial da Jornada seja utilizada para chamar a atenção dos problemas políticos sociais que o Brasil passa, através de manifestações semelhantes com as que vivenciamos recentemente. 

A parte disso, o Papa Francisco I é reconhecido por sua humildade e aproximação com as pessoas. Ele enfatiza sempre a importância de sermos solidários a quem precisa de nossa ajuda e estender a mão a nossos irmãos, afinal, como o próprio Jesus disse, o que você faz para o seu próximo é a Deus que está o fazendo.

Esperamos que a Jornada Mundial da Juventude seja abençoada e que várias sementes de bondade e fraternidade sejam plantadas, afinal se o mundo deseja tanto a paz e a boa coexistência entre as pessoas, este com certeza é um bom caminho para consegui-lo.


Portanto, Ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo;

sábado, 13 de julho de 2013

Rock'n'Roll

Bateria, baixo, guitarra, vocal, em geral costuma ser assim, um grupo pequeno de rapazes que a cada toque, a cada tentativa de afinar os instrumentos, de afinar o conjunto mostram a busca por um grande sonho, de formarem uma banda de sucesso do ritmo musical mais popular de todos os tempos, o Rock.

Como todo grande conceito que atravessa eras, o Rock’n’Roll, ou simplesmente Rock tem a sua história, surgiu nos anos 50 no sul dos Estados Unidos, unindo ritmos como blues, country e jazz. Sua característica principal era os protestos contra sistemas e regras, jovens utilizavam-se dessa expressão para demonstrar sua liberdade e rebeldia.

Os primeiros mitos deste ritmo musical foram Chuck Berry, Little Richard e claro Elvis Presley, um ex-motorista de caminhão de família simples que até hoje é considerado por muitos como o rei do Rock. 

A partir dos anos 60, as bandas começaram a se destacar, os garotos de Liverpool revolucionaram o estilo musical e atraiam as atenções de milhares de fãs no mundo todo, atualmente os Beatles ainda são considerados não só pelos seguidores, mas também por especialistas no assunto como a maior banda de Rock de todos os tempos. Na mesma década, impulsionado por discursos antiguerra e aumento no consumo de drogas, outras bandas levaram os fãs ao delírio como Rolling Stones, The Doors e Pink Floyd, o lema sexo, drogas e Rock’n’Roll, marcou esta geração.

Anos 70, 80, 90, e a miscelânea de bandas e estilos não paravam de aumentar, AC/DC, Black Sabbath, Slayer, Motorhead, Iron Maden, Metallica, Megadeath, Ramones, Queen, Guns and Roses, Nirvana, Alice in Chains, Red Hot Chilli Peppers, Pearl Jam, U2, entre tantas e tantas outras, subdivididas em vários gêneros, como Punk, Heavy Metal, Death Metal, Hard Core, Grunge e por ai vai.

Além disso tivemos aqueles que ao longo do tempo fizeram sucesso com carreira solo como Davide Bowie, Lenny Kravitz e o inesquecível Jimmy Hendrix, tido por muitos como o maior guitarrista de todos os tempos.

O Rock também é marcado por histórias trágicas e eventos marcantes. Muitos casos de mortes por overdose, suicídios, atos de violência, discussões e brigas entre integrantes que geraram o fim de bandas famosas. Já os eventos, como não recordar do inesquecível festival de Woodstock ocorrido no ano de 1969 que levou quase um milhão de pessoas a participarem dos shows em uma pequena cidade no estado de Nova York. Temos também com certa periodicidade o Rock in Rio, evento nacional que acontece desde a segunda metade dos anos 80 e que contava com bandas renomadas, tanto nacionais e internacionais.

No Brasil também tivemos o nosso histórico do Rock, a geração jovem guarda como Erasmo Carlos, Eduardo Araújo, Vanderlei Cardoso Roni Von e claro o Rei Roberto Carlos. Além das bandas que conquistaram os brasileiros como Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso, Titãs, Legião Urbana, Skank e etc.

O dia do Rock é comemorado no dia 13 de julho, data simbólica daquilo que nos acompanha todos os dias e consideramos essencial para nosso entretenimento, seja no som do carro, do computador, na hora do trabalho, dos estudos, enfim, como dizem os fãs, Rock não é música e sim um estilo de vida.

Cada um tem seu gosto dentro do gênero e como fica impossível agradar a todos, escolho um clipe em homenagem aos roqueiros que ficou conhecido como hino oficial do estilo grunge, e também é considerado como uma das melhores músicas de todos os tempos. Vida longa ao Rock’n”Roll!


"Rock 'n' Roll não se aprende nem se ensina."

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Patriotismo ou Patriotada?

Duas palavras próximas, significados diferentes e muitas vezes confundidos entre tantos, não por seu entendimento, mas por suas representações. Patriotismo em resumo é o amor a pátria, não só as suas dimensões, fronteiras e solo, mas o que ela nos simboliza, é nosso território e temos que protegê-lo, não só de inimigos externos como também de internos.

Falando assim temos a impressão que estamos em guerra com algum país vizinho, ou um invasor estrangeiro que deseja usurpar nossas riquezas naturais, mas não é por ai, somos agraciados por vivermos em épocas de paz, entretanto nossa vigilância deve ser constante para que não sejamos surpreendidos por pessoas mal intencionadas.

A pátria é formada por seu povo, ele é quem faz o país crescer, evoluir, progredir, e como cidadãos temos que ter nossos direitos atendidos, afinal eles nos são garantidos pela constituição. Podemos encontrar em pesquisas pela internet ou livros de história, batalhas épicas ao longo dos anos, sempre com algum objetivo patriótico, seja liberdade, melhores condições de vida, de trabalho ou as mais variadas garantias.

Já a patriotada nos remete a itens e situações sem importância, desnecessárias, que não agregam em nada para a maioria. Somos conhecidos como um povo festeiro, graças a nossa cultura regrada a futebol e carnaval, que por sinal é marca registrada dos brasileiros, para isso, basta perguntar a algum estrangeiro o que ele sabe do Brasil, fatalmente todos responderão a mesma coisa, sendo o sotaque a única coisa que altera no discurso.

Atualmente onde as informações se propagam em grande velocidade e de maneira desenfreada, as pessoas estão mais atentas ao que de fato lhes interessam. A velha estratégia de colocar algum assunto que mude o foco de reais problemas não gera o mesmo efeito como antes.
Assim, podemos entender da seguinte forma, patriotismo representa o povo lutando por seus direitos e uma nação mais justa, e patriotada é um conjunto de ideias vazias com a intenção de alienar as pessoas, tirando o foco ao que realmente importa. 

Tivemos recentemente um verdadeiro choque entre estes dois tipos de ideais, durante a Copa das Confederações. Enquanto os patriotas usaram da exposição internacional do evento para reivindicar seus direitos, a classe patriotada sentiu-se perdida, pois não havia tempo nem maneira de varrer os problemas para debaixo do tapete.

Cada um de nós temos que ter a auto critica de avaliar ao qual dos dois grupos pertencemos, mas levando em conta a distinção que há entre ambos, assim teremos em mente o que realmente valorizamos e o que esperamos de retorno de nosso país, afinal quem é contribuinte em cada produto ou serviço que consome sempre espera de seu governo algo em troca.

O vídeo abaixo expressa a opinião de alguém considerado ídolo e que mostra bem ao qual grupo pertence. Nos gramados realmente ele foi o melhor, mas quando fala alguma coisa..., bom, todos sabemos o resultado.


Patriotismo, para muitos brasileiros, é apenas futebol na Copa do Mundo. Mesmo assim só se o Brasil ganhar!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Tinha que ser os vândalos de novo!

Difícil controlar o anseio de uma minoria que assim se destaca pelos seus atos brutos e desmedidos. Talvez possamos assim definir a atitude de vândalos em meio aos manifestos vistos nos últimos dias por todo o Brasil em protestos organizados e conduzidos por pessoas apartidárias e que buscam soluções práticas para um cenário que se mostra caótico há muito tempo.

As atitudes hostis desses grupos ganham destaque na mídia como fechamento dos protestos, geralmente são conduzidas por grupos extremistas, caracterizados por um bando de jovens com seus vinte e poucos anos, todos mascarando os próprios rostos com máscaras, camisetas, ou algum outro tipo de objeto que não os identifique com facilidade.

Em todos os lugares onde ocorrem manifestações, o vandalismo e a barbárie marcam presença, sempre protagonizadas pelos mesmos grupos. Engraçado para não dizer lastimável, deparar em meio as passeatas, algumas pessoas que mal sabem os motivos reais das manifestações, mas para se destacarem em meio ao grupo, cometem atos de destruição de patrimônio, seja ele público ou particular.

Para alguns, essa é a maneira correta de chamar a atenção dos políticos e mostrar que não estamos aqui para brincadeira. É uma demonstração radical de que queremos ser vistos, ouvidos e levados a sério. Que será usado de força bruta se necessário para buscar as mudanças necessárias, que vamos ao extremo de nossas forças para causar a revolução desejada, nem que pra isso ela tenha que ser marcada com sangue e tragédia.

Entretanto não podemos esquecer que a coerção não tem vida longa, em pouco tempo todo o propósito se esvaece devido a excessos. A maioria das pessoas não está acostumada a confusões gritarias, bombas, pedradas e conflitos com a polícia. Aos poucos o ímpeto dos protestos perde força, tudo isso provocado por uma minoria que por razões educacionais ou questões instintivas e de demonstrações de respeito a causa própria, cometem exageros agredindo os outros e a si mesmos. 

Manifestações populares por mudanças e reformas, são direitos garantidos em um sistema democrático, vandalismo é crime e passível de punição. Segundo o artigo 163 do Código Penal é considerado crime causar dano, destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, com a pena de 1 a 6 meses de detenção, ou aplicação de multa.

Nossas manifestações ao redor do Brasil são legítimas e necessitam de continuidade, pois só assim seremos respeitados e garantiremos nossos direitos previstos na Constituição, entretanto temos que ter inteligência e perseverança, afinal não conseguiremos vencer à base de força bruta, mas sim pela nossa união e persistência.

Os políticos estão começando a sentir a pressão da força do povo, esse é o momento de manter a união de maneira pacífica e tolerante entre aqueles que buscam mudanças concretas para nosso país, pois a honra do lema da bandeira nacional, Ordem e Progresso, está em nossas mãos. 


Vandalismo é tão bom quanto uma pedrada na cabeça de um guarda!