Um grande evento nacional se encerra, mais de três milhões de
participantes aproveitaram o evento na cidade do Rio de Janeiro durante seis
longos e cansativos dias. Muito foi visto, ouvido, sentido e aprendido, mas qual
será o legado deixado pela Jornada Mundial da Juventude?
Esta questão pode ser analisada em diferentes tópicos, vamos
salientar de imediato o mais importante. A vinda do Papa Francisco I ao Brasil
para celebrar a JMJ traz um novo marco para a renovação da fé e de conceitos.
Jorge Mario Bergoglio, 77 anos, nascido na cidade de Buenos Aires na Argentina,
foi eleito através de um conclave, o papa de número 266 da Igreja Católica no
dia 13 de março de 2013 para suceder seu antecessor Bento XVI que renunciou oficialmente
ao cargo no dia 28 de fevereiro do mesmo ano.
A eleição do argentino foi rápida, mostrando o entendimento
de todos os envolvidos no processo que Jorge era sem dúvidas o mais preparado a
assumir função com tamanha responsabilidade e durante a jornada ele ofereceu
uma prova que aqueles que o elegeram estavam corretos. Sempre carismático e
próximo ao público, Francisco I esteve presente em todos os eventos, física e
espiritualmente, suas ações demonstravam envolvimento tanto para os presentes
às celebrações quanto aqueles que acompanhavam pelos meios de comunicação.
Mas como não só de flores é decorado o Brasil, o país com o
maior número de católicos do mundo não poderia deixar o evento passar batido
sem dar seu cartão de visitas padrão, ou seja, a desorganização. Já no primeiro
passeio de carro aberto, sua Santidade ficou preso em meio ao caótico trânsito
da cidade maravilhosa, para desespero dos policiais federais que o acompanhavam
temendo alguma atitude hostil e para a alegria dos transeuntes do local que
inesperadamente tiveram as suas vistas o saudoso papa.
Além de outros contratempos, um que ganhou destaque foi o mau
planejamento para construir o chamado campo da fé, em Guaratiba zona oeste da
cidade. A constante chuva somado ao mau preparo, transformaram o local em um
pântano, os valores dos gastos que viraram um lamaçal ainda não foram
divulgados. Com isso a vigília e a missa final da Jornada Mundial da Juventude,
foram transferidos para Copacabana, as belezas das imagens veiculadas da
multidão aproveitando o momento ao lado do mar, suplantaram a incompetência por
parte da prefeitura da cidade.
A cidade que receberá os jogos da Copa ano que vem, e as
Olimpíadas de 2016, mostra sua deficiência em organizar grandes eventos e
dificilmente veremos esse quadro mudar de maneira positiva, os discursos evasivos
estão sempre prontos. A menos que os manifestos como visto nos últimos dias
durante a JMJ ganhem força para mudar este quadro, pois no Brasil é perceptível
mudar as coisas apenas a base de insistência popular.
Barbeiragem a parte, a Jornada Mundial da Juventude nos deixa
um legado de harmonia, esperança e respeito, mútuo e em grande escala, o Papa
Francisco demonstrou sua felicidade em visitar o Brasil e prometeu voltar em
2017, ano que completará 300 anos da descoberta de Nossa Senhora Aparecida
pelos pescadores.
Que a maior autoridade da Igreja Católica nos inspire com sua
humildade, devoção e sabedoria a nos tornarmos pessoas melhores a cada dia,
pode até parecer uma frase clichê de final, mas com certeza todos desejamos um
mundo melhor.
“Não tenho ouro nem prata,
mas trago Jesus Cristo.”
Papa Francisco I