segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Do homem primata ao super homem

Semana puxada, cansativa, chegando à beira da exaustão. Também pudera. Trabalho, faculdade, curso, aulas de artes marciais, estudos, semana de provas, blog... São tantas coisas que 24 horas estão sendo insuficientes para um dia. Dormir o necessário por noite, nem lembro a última vez. A nova rotina ganha a cada dia, contornos de ações diárias sem previsão de término. O cansaço, uma vez ignorado, cede espaço à persistência, em busca de conquistas.

Às vezes me questiono, se isso é tendência do mundo moderno, ou apenas para mim, que me peguei parado no tempo, vendo tudo girar rapidamente. Mas por que tanta pressa? O que houve? Que se passa para tantas obrigações em tão pouco tempo?  O que houve com as pessoas, para que um simples bom dia seja dito sem ao menos olhar nos olhos de quem se reverência?

O mundo atualmente, com suas infinitas atribuições, demandas, pendências e adjacentes, faz com que pessoas se tornem multifuncionais. Forçadamente são mais sobrecarregadas com inúmeras tarefas, às vezes de gêneros distintos. A lei da oferta e procura determina que uma faça o que antes era atribuição de três ou quatro.

Isso tudo sem contar o aprendizado. Logo cedo, crianças aprendem novos idiomas, novos recursos tecnológicos, além de jogos interativos que estimulam o raciocínio e a concentração. Um preparo eficiente e um tanto alienado para aqueles que um dia darão continuidade a fúria do mundo concorrido, em busca de mais recursos e inovações.

Difícil dizer o que e quando tudo desencadeou para essa direção. Apenas constatamos este fato diariamente. Olhar para trás e tentar entender o que ocasionou essa avalanche, pode significar ser atropelado por aqueles que correm em direção ao sucesso, ao estrelato, ao reconhecimento ou a simples sobrevivência. Cada um tem suas razões sobre o que e por quem enfrentar tamanho desafio. O importante é ter ciência de que parar no tempo e ver tudo passar, certamente significará a diferença entre um futuro sustentável e cair em completa desgraça, sem ter controle do próprio destino.

E será que todo esse investimento, de tempo, dinheiro, saúde, sanidade, está tendo o retorno esperado? Certamente não. Parecemos voltar ao tempo em que a chibata determinava a recompensa pelos esforços. Graças à imensa concorrência e vastidão de mão-de-obra, preparada e ociosa por falta de oportunidade, determinou que aqueles que detêm a chance de conquista, se submetam as piores situações, para garantirem o pouco de maná que jorra da fonte.

É cada vez mais comum poucos terem muito, devido ao excesso de esforço de muitos que possuem pouco. E a estratégia está bem definida. Como a maioria vai parar e analisar, quando estão correndo ininterruptamente atrás da suposta vitória que um dia chegará? Ou pelo menos é o que dizem.

A busca frenética por... Enfim, são tantas coisas e tantas tarefas, que fica difícil estabelecer ou dar atenção ao prêmio final. O que sabemos é que nossa essência está mudando para padrões incontroláveis. Acompanhar o ritmo é torturante, e quem não estiver qualificado ou adaptado, estará fora do jogo.


Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Sem ideias, as vezes acontece!

Caros leitores, queridos amigos, diminuto grupo de leais e fiéis admiradores. Peço desculpas, mas hoje estou sem assunto para comentar. Por mais que pensasse, refletisse, ponderasse, minhas ideias não surgiram. Me senti abandonado, traído pelo meu próprio orgulho e espontaneidade em criar histórias e textos que estimulassem a mentalidade construtiva. Cogitei nada escrever, me calar, ausentar, deixando por conta de minha falta de criatividade constante, necessária em renovações semanais.

Mas não posso, não devo. Tenho meu compromisso, não só com os que lêem, mas comigo mesmo. Prometi deixar meu pequeno e dedicado legado aos que testemunharem minha jornada. Não posso acuar quando a hesitação tomar conta de minha mente. A apatia habitual é o maior obstáculo frente à realização de nossos sonhos.

Entretanto, a falta de ideia, também é algo que pode ser aproveitado. Às vezes é normal nos sentirmos improdutivos, incapazes, desestimulados e com tendências ao fracasso. O desgaste e estagnação são naturais em tudo o que fazemos, por mais competentes e acostumados que nos demonstremos. Porém, é sempre possível encontrar algo em meio ao vazio, mesmo que sejam trevas. Para alguns, é situação de lamento e desespero, para outros significa inspiração e oportunidade de superação ao desestímulo. 

Quando tudo parece perdido, os grandes se destacam, encaram seus medos e mostram que a determinação supera todas as adversidades. Resolvi experimentar essa teoria, provar a mim mesmo que sou capaz de ultrapassar barreiras e encontrar uma solução para minha ausência de criatividade, a fim de respaldar aqueles que carinhosamente apreciam meu trabalho.

Hoje, embora me mostre enfraquecido e debilitado por minha presente incapacidade em articular um assunto, trago a vocês uma interpretação do nada, do improviso. Para alguns, criatividade, para outros, falta de preparo e desonra com os compromissos.

Não me estenderei além do necessário. Se minhas palavras me abandonam, terei que alcançá-las, tendo em mente determinação e foco. O desejo de superação me acompanha, e o respaldo de meus queridos leitores me fortalece.


A sabedoria não está em não falhar ou sofrer, mas usar nossas falhas para amadurecer e nosso sofrimento para compreender a dor dos outros.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O que fizeram com o Rock in Rio?

Vejo, e me causa estranheza. Analiso e não consigo entender. Tento assimilar, mas parece impossível. Quer dizer que o maior evento mundial de Rock’n’Roll, virou isso? Onde estão as verdadeiras bandas que representam o maior gênero musical, que sempre arrastou multidões ao longo dos anos por todo o globo terrestre?

O Rock in Rio, foi criado no ano de 1985, como um projeto audacioso de um empresário carioca. A cidade do Rock, como é conhecido o local de 250 metros quadrados, fora construída em Jacarepaguá, região oeste da capital fluminense. Na época o Brasil passava por uma reforma política desejada há muito tempo. O fim do período indesejado da Ditadura Militar e a volta da democracia marcavam um novo ciclo. O espetáculo do rock ratificou o idealismo invocado há tempos. A volta da liberdade de expressão como direito de livre manifesto engrandeceu os shows apresentados.

Sem ano definido para acontecer, o evento está em sua edição de número 13. Grandes nomes da música internacional já abrilhantaram o público com seus clássicos. Milhões de fãs contemplaram empolgados as apresentações de bandas como AC/DC, Iron Maiden, Metallica, Foo Fighters, e tantos outros. Não poderiam faltar as bandas nacionais. Marcaram presença, Barão Vermelho, Titãs, Legião Urbana, isso para citar alguns.

O Rock in Rio, saiu de casa levando o mesmo nome para o estrangeiro. O continente europeu fora escolhido para sediar. Rock in Rio – Lisboa, que abraçou o evento por cinco vezes, e Rock in Rio - Madrid, com um total de três edições. Um tanto incoerente, o evento por onde passou, levou fãs do gênero ao êxtase, afinal, onde quer que esteja o Rock’n’Roll tem como essência a arte do protesto e da vibração delirante, mesmo em locais de nomes conflitantes. 

Porém, conforme o tempo passou, começou a ficar difícil entender o critério utilizado para a organização dos shows. Bandas de axé, funk e outros gêneros, começaram a invadir o Rock in Rio como se fosse uma epidemia. A essência do evento foi jogada ao léu, enquanto modistas repentinos dominavam o espaço reservado às bandas do gênero original.

O que parecia injusto se tornou comum por mais que houvesse protestos por parte dos fãs. Os organizadores ignoravam os apelos por um critério à favor tão somente do rock. Afinal, não vemos bandas roqueiras invadindo micaretas carnavalescas.

Basta refletir um pouco para entender essa situação. O Rock in Rio deixou de ser um espetáculo que representasse a classe do Rock, e tornou-se uma máquina de imprimir dinheiro. Bandas de outros gêneros também conquistam e vendem, e apoiados no discurso, sem sentido para o caso, de inclusão, somos forçados a nos deparar com situações como essas, incoerentes, porém reais.

Cada um pode ser crítico sobre o caso da maneira que considerar mais propício. Porém acredito que cada coisa tem o seu devido espaço e tempo para acontecer. Misturar é bom? Difícil dizer, mas o importante é manter a coerência em qualquer situação que seja.


O Brasil é o País onde show de Rock não tem rock, viciado faz campanha anti-drogas e "comediante" se ofende com piada.

sábado, 7 de setembro de 2013

Independência ou morte, faça sua escolha!

No dia 7 de setembro de 1822, o então príncipe regente do Brasil, Dom Pedro I, proferiu o que ficou conhecido como o grito da independência dada as margens do rio Ipiranga. As palavras “independência ou morte” ficaram eternizadas nos livros de história, páginas de internet e registros de pesquisas. Mas, e quanto a seu significado? Somos uma nação independente com uma população livre?

Independência significa liberdade, tão sonhada e desejada por todos os homens, desde os primórdios dos tempos. O século XIX marcou o período em que o Brasil deixou de ser dominado por Portugal. Os brasileiros conquistaram autonomia sobre seu território e vivem de acordo com suas próprias regras, costumes e cultura.

Pois é, como é bom o ar da liberdade. Sim, somos livres, livres para pagar os impostos mais caros do mundo. Livres de prestar contas aos estrangeiros, quando pagamos tributos aos famintos cofres públicos nacionais com suas diversas siglas, significados desconhecidos e destinos ocultos.

A liberdade é encantadora e tem suas particularidades, que muitas vezes não são apreciadas. Somos livres para nos deslocarmos quilômetros e procurar postos de saúdes e hospitais para que possamos tratar nossas enfermidades. Somos livres para assistir impotentes nossos pertences serem saqueados, casas invadidas e famílias violadas.  

Nossa liberdade atinge toda a extensão da nação. Somos livres para assistir nossos nobres e excelentíssimos políticos conduzirem o país conforme seus interesses pessoais. Suas atitudes e decisões são sempre distantes das reais necessidades da população. A lista de demandas é grande: saúde, educação, saneamento básico, segurança pública, trabalho. Somos livres para enfrentar longas filas a procura de emprego. Somos livres para escolher entre valores paupérrimos de salários ou benefícios ociosos do governo.

Somos livres para escolher, impostamente, quais serão nossos representantes no setor público. Somos livres para ouvir e presenciar suas falsas promessas de mudanças, carregadas de frases clichês e velhos chavões sobre um sistema político mais justo e coerente para todos, e libertado de toda corrupção que assola nosso país.

Me questiono quando seremos livres e independentes, para tomar as rédeas e controlar nosso destino contra os problemas que evitam nosso progresso como nação. Somos diariamente alvejados com problemas políticos sociais, que nos diminuem como cidadãos brasileiros.

O sistema é terrivelmente difícil de ser revertido. Somos sucumbidos à nossa rotina que nos impede de lutarmos por mais igualdade. Temos que ter consciência de que somos livres por direito, e que a luta pela independência do Brasil continua.   


Independência ou morte...
...e o Brasil seguiu pelo caminho do meio!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Amor à distância

Dizem que o verdadeiro amor é algo que deve ser demonstrado através de atitudes concretas, provas empíricas, e acima de tudo, com sentimentos reais. O discurso apaixonado tem sua força até certo ponto. Já as ações são poderosas, determinantes e convincentes. Porém, ainda é possível, mesmo que até certo ponto, acreditar nas palavras ditas por outros. Agora, será que ler um “eu te amo”, através e tão somente de uma tela, acarreta em um sentimento real?

Parece uma ideia um tanto utópica e digna de pessoas com mentalidade inferior, mas com certeza o fato é mais comum do que pensamos. Com a amplitude da internet temos cada vez mais contatos com pessoas em diferentes pontos do planeta. Dispondo de uma oferta tão grande, é possível encontrar alguém com gostos similares, carentes de afeição humana e em busca do verdadeiro amor. Quando se deparam com alguém com as mesmas particularidades, um novo ciclo atípico se inicia.

Começa com um contato inocente, ou mesmo atrevido, afinal, ambos estão protegidos contra o assédio presencial. Os medos de expressarem o que sentem nesses casos são menores. As virtudes são destacáveis e os defeitos ocultados. Tornam-se livres de todos os conceitos negativos que em outras circunstâncias lhes seriam depositados.

Mas se atualmente é bem difícil acreditar em uma pessoa que se apresente física e presencialmente para nós, o que dirá de alguém que more a milhares ou mesmo milhões de quilômetros de distância de nossas vistas? Inegavelmente reconhecemos melhor as pessoas através do contato pessoal, e quanto mais aproximação temos, melhor as conhecemos.   

Em alguns casos, a intensidade da relação chega a ser tamanha, ao ponto de deixar pessoas perdidamente apaixonadas por alguém que nunca viu. O encanto inacreditavelmente bate forte, fazendo com que se tenha a imagem daquela criatura longe de imperfeições. A ausência de toques, de carícias, são suprimidas por concepções mentais de um amor dito como verdadeiro.
E se mencionarmos as possibilidades de decepções, chegaremos a uma infinidade de situações bizarras, que acarretariam a quebra de todo o encanto criado com tanto zelo e esperança, de que um dia em um golpe do destino, todo o sonho se tornaria realidade.

Em alguns casos, o que se apresenta como moça linda, loira, de traços “Barbieristicos”, na verdade se trata de um homem velho, homossexual e depravado. Sim, a grande rede de computadores tem a possibilidade de prover tamanha decepção.

Somos livres para amar e fazer nossas escolhas, Não devemos satisfação a ninguém principalmente quanto a um assunto tão complexo. Alguns casos de paixão à distância, possuem o seu final feliz, outros, porém, resultam em perda de tempo e frustrações.


Poder de escolha é nossa maior representação de livre arbítrio, portanto decidamos a nosso favor. Decepções fazem parte da vida, assim como viver e amar intensamente.


A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande.