segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Minha ação muda meu mundo

“Adeus ano velho, feliz ano novo. Que tudo se realize no ano que vai nascer.” Lindas palavras, belos desejos, mas como é que tudo de maravilhoso e desejável se realizará? Existe alguma fórmula mágica para isso, ou basta desejar como se pede ao gênio da lâmpada?

Nossas vontades de mudanças são estímulos emocionais provocados por nosso cérebro. Ele é o ponto de partida para conseguirmos o que desejamos. O limite está na própria imaginação. Entretanto, nada é modificado se não tivermos atitude para agir em busca do que queremos.


Tradicionalmente, impulsionados pela felicidade das festividades de ano novo, regados a bebidas, fogos de artifício e fartura, pessoas fazem promessas em busca de um ano melhor. Metas são traçadas e a lista é grande – perda de peso, projetos financeiros, aumento na renda, casamento, filhos e por ai vai. A princípio isso mostra consistência de alguém que tem projetos detalhados e definidos.

Então verificamos que os seres humanos são levados por seus estados emocionais. A empolgação com o tempo diminui e chega a cessar, levando assim o planejamento inicial de mudança por água abaixo. Não adianta estarmos dispostos a melhorar apenas por um breve período sem que haja perseverança. De que adianta estar animado para um regime alimentar em janeiro e o mesmo ainda não alcançado, ser esquecido em agosto?

Nossos planos precisam ser bem definidos e levados a sério. Pode até parecer subjetivo, mas é horrível presenciar uma pessoa deprimida, afundada em suas derrotas e amargurada com a vida, como se outro a não ser ela mesma fosse culpada por suas frustrações. Todos passamos por dificuldades, lutamos, sofremos, perecemos, mas a superação de obstáculos é que diferencia o VENCE dor, do PERDE dor.

As coisas só mudam quando nós mudamos. Parece algo tão simples e banal, mas há pessoas que não conseguem ou persistem nas mesmas atitudes. Jamais conseguiremos resultados diferentes fazendo o mesmo que estamos habituados. É necessário expandir os horizontes, buscar o que se quer, ser audacioso para mudar e finalmente produzir resultados diferentes. O mundo só muda quando nós mudamos, essa é a lei do progresso.


Neste ano novo, desejemos mudanças, mas sem esquecer que a força para tal está dentro de nós. Não dependamos, nem vivamos em função dos outros. Tomemos as rédeas de nossas vidas e provoquemos mudanças inesquecíveis deixando isso como legado. Em vez de dizer “se Deus quiser”, use o poder divino que existe dentro de você e seja autor de sua vitória.

Não tenha medo de viver. Viva! Está insatisfeito com alguma coisa? Mude! Desejo à meus leitores um feliz e abençoado 2014. Quando os próximos 365 dias passarem, quero ser testemunha de muitas vitórias.

Antes de desejar um ano novo de mudanças você tem que começar com um ano novo de atitudes.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Natal - seja você o presente

Pois é, natal de novo. Época tradicionalmente marcada por presentes, festas, compras, muito trabalho e acima de tudo, excessos, em especial dos itens anteriores. A fartura tem seu alto preço e demanda tempo, que se apresenta cada vez mais breve. Mas que tal parar por aqui e conceituar o verdadeiro significado do natal?

Segundo a tradição, o 25 de dezembro é lembrado pelo nascimento de Jesus, o Messias, filho do Deus prometido. Aproveitando o gancho religioso, também é época de pacificar os corações, contornar antigas mágoas, encerrar desavenças e se aproximar de quem ficou distante. 


Neste período, um pequeno grupo esquecido durante todo o ano é lembrado. Os menos favorecidos se entusiasmam com a oportunidade de contar com o bom coração, ou o momento propício para receber algo das mãos generosas daqueles que podem ajudar e sentem o desejo de compartilhar com os que necessitam.

A solidariedade, talvez seja a maior demonstração de amor pelo próximo. Quando estendemos as mãos para ajudar alguém carente de recursos, não estamos apenas alimentando ou vestindo seu corpo, acolhendo em suas necessidades e lhe conferindo alguns itens, mas estamos de fato lhes levando esperança – de crença no futuro, nas pessoas e conseqüentemente em dias melhores.   

O verdadeiro amor se traduz assim, com ações que mudam de alguma forma a perspectiva de vida de nossos semelhantes, seja em grandes ou pequenas atitudes. É muito simples amar pessoas com palavras e sorrisos, talvez por isso sejam mais comuns. Porém ações de solidariedade marcam para sempre aqueles que ajudamos, e nos tornam exemplos para os demais seguirem nossos passos.


Agora por que ajudamos apenas neste período? Seria também esta mais uma tradição? Não se preocupe que não será considerado anormal ajudando seu próximo durante o carnaval, no dia da independência ou mesmo no dia dos mortos. Voluntariado é maravilhoso quando se torna hábito, fazemos sem pensar em quando, ou se é tradicional fazer isso naquela data. O principal é a diferença que faremos aos outros, que necessitam naquele devido momento.

Durante o natal, um detalhe importante em meio a tantos presentes, roupas, dinheiro, festas, é o fato de sermos gratos pelo que já temos. Nada exalta mais o ser humano do que sua gratidão. Diga obrigado a Deus por tudo o que ele te deu – saúde, paz, família, amigos. Isso são apenas alguns exemplos, entretanto faça sua lista pessoal e agradeça com alegria. Seu espírito se alegrará em saber o tanto que possui e quão rico você é.

Embora desejar paz, saúde, felicidade e prosperidade, sejam comuns no período natalino, farei diferente desejando a todos os leitores, tudo que há de melhor durante os 365 dias do ano. Feliz Natal e que Deus abençoe a todos. 


Sugestões de presentes para o Natal: Para seu inimigo, perdão. Para um oponente, tolerância. Para um amigo, seu coração. Para um cliente, serviço. Para tudo, caridade. Para toda criança, um exemplo bom. Para você, respeito.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Corrupção também na paixão nacional - isso é Brasil

Brasil: país do futebol, do carnaval, de lugares bonitos, mulheres maravilhosas e de tantos outros clichês que não agüentamos mais ouvir. Pior que isso, é considerar o fato de sermos também o país da malandragem onde tudo pode, nada é passível de punição e prevalece a lei do mais forte.

Para não dimensionar e aproveitar a época oportuna, vamos tratar da paixão nacional. Como bem sabemos no ano de 2014, será realizada a vigésima edição da Copa do Mundo de futebol, e nossa amada terra será palco desse espetáculo grandioso, unindo as nações, que buscam através do esporte, alcançar um mundo mais igual e próspero onde as pessoas se amem.

Sim, vá se acostumando com frases de efeito do tipo, elas serão excessivamente usadas com intuitos comerciais. Tudo isso faz parte do espetáculo, atingir os espectadores que pagam a conta (e às vezes pagam muito caro) para apreciarem toda a magia que envolve um evento dessa magnitude.

Mas tudo bem, lucrar com isso faz parte, e já que a conta é dividida por todos, não pesa para ninguém. Pelo menos é isso que os organizadores querem que pensemos.  O lado sombrio e não divulgado, ou pelo menos não comprovado e conseqüentemente não punido, é muito pior do que imaginamos. Desvio de verba pública, obras propositalmente atrasadas - para serem feitas em caráter de urgência sem licitações, aumentando assim os desvios corruptos, - funcionários mal preparados e mal equipados morrendo, e por ai vai.


A farra antes já prevista está em processo de conclusão, ou pelo menos é o que dizem. Obras de estádios em lugares mal planejados, com péssimas condições de segurança e custos exorbitantes que só Deus sabe o custo total. Tudo isso às vésperas do mundial, e o discurso de “não se preocupe, vai dar tempo”, perdura desde que o Brasil foi eleito cede do torneio, há oito anos.

Para piorar, o reflexo de toda essa zorra, reflete nos estádios com cenas de violência, selvageria, covardia e em alguns casos, morte. Bandos de marginais travestidos de torcedores buscam saciar seus instintos violentos, cometendo barbárie, usando seus times como desculpa e pano de fundo para gerar conflitos.

Está bom para você amigo leitor? Pois é, para os picaretas não. Já que aqui tudo pode, porque não estender mais a baderna? Agora resolveram (de novo) favorecer o time do Fluminense. Quem pagou o pato desta vez foi a Portuguesa (mais uma vez a pobre Lusa). Com argumento de usar um jogador irregular, o time paulista perdeu quatro preciosos pontos e foi rebaixado para a segunda divisão do campeonato brasileiro, fazendo com que o tricolor das laranjeiras, renascesse das cinzas para voltar à elite do futebol brasileiro de onde nunca devia ter saído – talvez assim parem com a sacanagem, quem sabe?


Pois é a crítica encerra, mas o espírito crítico não pode morrer. Somos massacrados por minorias poderosas e nos afugentamos como cães acuados. Temos que nos unir para fazer do Brasil um país melhor. Agora, vamos agir ou essa será apenas mais uma frase clichê?   


"A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa.”

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Mandela - uma vida de sacrifícios e conquistas

Mais um grande homem com trajetória brilhante em nossa história se foi. No dia 04 de dezembro de 2013, faleceu aos 95 anos de idade, o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela.

Madiba, o Conciliador, como era conhecido, nasceu em um vilarejo simples, pertencente à seu pai, líder tribal. Foi o primeiro de sua família a cursar o colégio e após muito empenho, tornou-se advogado. Porém, a escola da vida lhe proporcionou maior ensinamento, onde não foi apenas aluno, mas também professor.

Em uma época sombria e injusta, invasores estrangeiros dominavam o território sul-africano, atendendo os interesses de uma minoria, período este que ficou mundialmente conhecido como apartheid. Mandela foi a voz dos oprimidos, da classe desfavorecida e incapacitada de se levantar para conquistar o que lhes era devido.

Sua luta pela liberdade e justiça custou caro. Mandela foi condenado por conspiração contra o governo de seu país. Aceitou a conseqüência de sua luta de maneira honrada. Uma cela de aproximadamente três metros quadrados, fora sua companheira, testemunha e melhor amiga durante 27 anos.


Apesar da injustiça de sua condenação, Nelson Mandela nunca se deu por vencido. Chegou a recusar redução de pena em troca de conciliação para o fim da luta armada, o que naquele momento significaria a continuidade da segregação racial e conseqüente desfavorecimento dos negros. Sua persistência em meio às diversidades era regido pelo que então virou seu lema – esperança.

Sem nunca desistir de seus ideais, Mandela enfim venceu sua batalha contra o sistema opressor sul-africano. No começo de 1990, após uma intensa aclamação pública, Madiba conquistou a liberdade aos 72 anos de idade. Três anos mais tarde, foi condecorado com o Premio Nobel da Paz, e em 1994, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul.


Mesmo após uma conquista tão longa e sofrida, Nelson Mandela sabia que aquilo era apenas o começo. Mudar um conceito cultural enraizado em uma nação, não seria fácil. A segregação racial era um muro gigante e vigoroso, e para derrubá-lo seriam necessárias paciência e estratégia.


Para conquistar tal feito, nada melhor do que aprender o caminho com um homem que mostrou disposição em perdoar os que lhe fizeram mal, mesmo após três décadas de injustiça. A união entre os povos foi o estandarte erguido por Madiba, para transformar a África do Sul em uma nação mais justa e próspera.

Mesmo com sua morte, o legado deixado por Nelson Mandela serve de inspiração para aqueles que desejam fazer do mundo um lugar melhor. Sacrifícios e perseveranças fazem parte, mas Madiba mostrou que tudo é possível.


Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Malandro é mané

Tirar vantagem, pensar apenas no benefício próprio, não respeitar a vez do outro, fazer vista grossa... Uma infinidade de atitudes que comumente tomamos, e que em vez de dizer que somos desonestos, egoístas e em alguns casos, criminosos, preferimos usar uma expressão muito conhecida em nossa nação – o jeitinho brasileiro.


É fato que todos nós somos a favor da igualdade, da lealdade, da honestidade, em todos os sentidos. Ficamos revoltados quando nos deparamos com cenas de violência, corrupção, e outros exemplos de atitudes criminosas. Entretanto, contribuímos para este quadro negativo quando de alguma forma agimos de má fé e desrespeitamos nosso próximo.

“Fiquei com 50 centavos a mais de troco, mas deixa pra lá, melhor pra mim”; “Essa vaga é para idosos, mas e daí? Vou estacionar aqui mesmo”; “Combinamos que seria metade para cada um, mas estou com fome, tenho certeza que ele entenderá”. Algumas dessas sentenças te pareceram familiares? Pois é, difícil imaginar um ser humano que em toda a sua vida tenha sido 100% honesto. Nosso passado às vezes nos ruboriza.

Não se sinta uma pessoa ruim ao ler isto, se por acaso já protagonizou uma dessas ações. É natural do ser humano priorizar suas necessidades e de seus próximos em primeiro lugar. E isso não é errado. Prioridades e egoísmos, embora interpretadas equivocadamente como semelhantes ou até mesmo iguais, são duas coisas distintas. Temos que ter zelo por nosso lugar ao sol, ou ninguém terá.

O problema começa quando alguém se excede e quer levar vantagem em tudo, Corrompendo-se em prol da ganância e de bens que o irão promover socialmente. Para virar um vício que o irá dominar para sempre, é uma questão de tempo e prática.


Mais do que uma atitude incorreta, trata-se de um desrespeito ao que é alheio. Regras de conduta que aprendemos e colocamos em prática, ao longo de nossas vidas, não foram uma intervenção divina ou dádiva, mas sim uma criação humana. Após milênios em que povos concebiam a ideia de dominadores e dominados, regras igualitárias foram criadas para que houvesse uma relação amistosa e próspera entre os homens, e violar essas condições, nada mais é do que um retrocesso.

A malandragem, algo que em geral se faz vista grossa, tem o seu maior desafeto – a consciência. Pessoas que prezam valores definidores de bom caráter, sente-se incomodadas com o fato de agirem erroneamente.

Como bem dizem que tudo que vai volta, o malandro de hoje, pode ser o mané de amanhã.


Malandro se soubesse quanto é bom ser honesto !!!! Seria Honesto só por Malandragem ...