Agora sim, um verdadeiro sinal do apocalipse. Chegamos ao
ápice de nossas capacidades de desperdício e desvalorização. Um bem essencial,
tão abundante quanto à própria vida e considerado quase infinito, começa a
tornar-se uma miragem aos nossos olhos. A água, inevitavelmente imprescindível
à existência de todos os seres vivos, nos remete a um pesadelo com a simples
ideia de sua escassez.
Nosso planeta, repleto de belezas naturais, mesclado em fauna
e flora, e composto inicialmente por mais de 80% de água, espalhados em rios,
lagos, riachos, cachoeiras, mares e oceanos, é arrebatado por essa metamorfose
crescente e preocupante.
Agora, sendo a água tão abundante, como de repente chegamos a
esse ponto? Quem são os responsáveis? Para isso temos que levar em consideração
não somente o fator água, mas também outros que ao longo do tempo contribuem
para que os recursos em geral se tornem cada vez mais finitos.
A cada dia que passa a população mundial engrandece. Já somos
mais de sete bilhões de consumidores, isso contando apenas seres humanos. Uma
verdade inconveniente, pouco discutida e repelida pelos que são a favor da vida
e da antiga filosofia do “ide e procriai-vos.”
Será que já nos demos conta do tanto de recursos, como água,
por exemplo, utilizamos diariamente? Não falo apenas dos dois a três litros
diários que devemos beber, conforme recomendações de especialistas, em prol de
nossa saúde. Temos que considerar também a descarga do banheiro, a água usada
em roupas lavadas, em pratos limpos, banhos tomados e por ai vai. Será que a
usamos com inteligência evitando desperdícios?
Mas tudo bem, sabemos que a natureza em sua sabedoria é
renovável. Quase que por mágica. Aprendemos nas aulas de ciências no ensino
básico que o calor abundante do sol, reflete nas águas de rios e mares. O vapor
gerado sobe, transforma-se em nuvens no céu que traz a chuva, composta, como
bem sabemos de água.
Porém este processo já não se apresenta mais tão eficiente.
As ações humanas como destruição da camada de ozônio e aquecimento global
prejudicam o equilíbrio do ecossistema. E sem a matéria-prima principal, como será
dada seqüência a esta ordem?
A cada dia somos mais e o que nos é necessário se torna
menos. Tocamos em um ponto absolutamente vulnerável. Nossas ações nos tornaram
reféns no que diz respeito ao mínimo para nossa existência ou mesmo
sobrevivência. Algo efetivo precisa ser feito urgentemente. Comecemos nos
policiando em nossas ações diárias para evitar desperdícios. Chega de
irresponsabilidade e de velhos hábitos.
Espero com esta postagem, despertar alguns leitores para este
fato aterrador que influenciará diretamente nosso futuro. Cobre atitudes
conscientes de seu próximo e sirva de exemplo.
Pode parecer exagero, mas sinto cheiro de guerra. De sabor desconhecido,
indecifrável e que deixa a garganta seca.
Só percebemos o valor da água depois que a fonte seca.
Está chegando à hora... Novamente... Outra vez... No próximo
cinco de outubro, a representatividade pública de mais de 200 milhões de
brasileiros pelos próximos quatro anos será definida, através de eleições
diretas decididas em regime democrático. Momento de reflexão, avaliação e
decisão.
Quando o Brasil voltou a ser uma democracia na metade dos
anos 80, os brasileiros passaram a acreditar que uma revolução desejada e
necessária aconteceria. Através de uma constituição que favorecesse e tratasse
os brasileiros como iguais perante a lei, o futuro de uma nação próspera
estaria assegurado.
Mas nada como o tempo para curar feridas e abrir outras. Com
o passar dos anos, o ímpeto em busca de um país melhor perdeu força. A chama
inflamada pela conquista da liberdade e livramento sufocante do regime militar
se apagou. Velhos problemas retornaram e novamente o Brasil deu passos para
trás.
Nossos índices que avaliam as nações retrocederam. Temos uma
das piores distribuições de riquezas do mundo. Demais estatísticas como IDH
(índice de desenvolvimento humano), taxa de natalidade infantil, segurança
pública, qualidade educacional, nos nivelam a países que sofrem com misérias,
guerras e desastres naturais.
Se temos este cenário desastroso, o que estão fazendo os representantes
do povo? Onde estão os tratados como excelentíssimos e autoridades respeitáveis
e intocáveis? Ser um representante público é trabalhar para atender os interesses
da população, tão simples quanto isto. E por que cargas d’água isso não
acontece?
As respostas a essas perguntas são simples, todos sabemos e
em geral são antecedidas por risadas satirizadas. Isso ocorre porque já há
algum tempo, ver e ouvir alguém falando com sinceridade sobre política soa
falso. Nosso sistema político perdeu sua credibilidade e os brasileiros não
mais acreditam em discursos falaciosos e falsas promessas.
E como sempre tem espaço para cenários piores, eleições agora
viraram palanque de espetáculos circenses. Pseudos famosos e atuais fracassados
tentam o carreirismo público através de palhaçadas e exuberância de
imbecilidades. Utilizam o fato de serem conhecidos na mídia para angariarem
votos. Suas plataformas são vazias. Seus projetos são vagos, embasadas em
velhas “doenças” sofridas por nosso país.
Para comprovar a falta de credibilidade citada, muitos
brasileiros, a fim de demonstrarem sua insatisfação e descaso com algo tão
sério, oferecem seus votos e conseqüentemente suas confianças, em pessoas que
nitidamente não possuem o menor preparo, não farão a mais simples diferença e
apenas utilizarão para satisfação própria, os benefícios provenientes de recursos
públicos.
A política sofre com essa anomalia, devido a não ser mais
vista como uma serventia ao sistema e interesse público, mas sim como negócio.
Muitos querem tirar proveito. Muitos querem se beneficiar com salários altos,
status e poder.
Reflitamos sobre esses detalhes. Não pensemos que essa
desordem não terá conseqüências futuras. Se escolhemos quem nos representa,
então nós somos os responsáveis, os que realmente decidem, os patrões. Desejar
o poder, todos querem, mas poucos estão preparados para arcarem com suas
responsabilidades.
A mentira está presente antes das
eleições, durante uma paquera e depois de uma pescaria.
Sustentabilidade – palavra grande, de forte significado,
polissilábica, expressão elegante. Muito se fala, nem tanto se entende. Tema
abordado e discutido, não amplamente como se deveria, porém nunca sua
importância foi tão discutida.
Mais bela e elaborada que a palavra, só seu significado. Em
resumo, sustentabilidade refere-se ao uso consciente dos recursos naturais. A
utilização inteligente dos bens finitos para que não se tornem escassos com o
tempo.
De fato, o homem buscou sua evolução através da matéria prima
oferecida pela natureza. Nela foram encontradas as ferramentas necessárias para
criar os meios suficientes à sua existência. A pedra lascada amarrada em um pau
cortou a madeira que virou uma casa. O fogo, a partir de sua descoberta, trouxe
calor e proteção. A roda tornou o fardo da evolução, mais leve e mais ágil. Com
tanto a oferecer, o homem desmedidamente utilizou os meios naturais para
promover seu avanço e bem estar.
Porém estamos falando de um mundo antigo. Por aqui passaram incontáveis exploradores e consumidores. Por maior que o planeta seja
e por mais subsídios que ofereça, não significa que será eterno. Um dia tudo
acaba, todo ciclo tem um fim.
Se analisarmos a história, do século XX em diante, veremos
guerras por poder, terras, riquezas e idealismos. Duas delas com abrangência
mundial, caracterizadas por rostos e inimigos conhecidos. Porém se verificarmos
o mesmo período com profundidade encontraremos um inimigo desconhecido, de aspecto
brando, instigante e sedutor – o consumo.
Após a segunda Guerra Mundial, não só a corrida armamentista
ganhou força, mas também o crescimento econômico, baseado na produção massiva
de bens e serviços. O comunismo cedeu lugar ao consumismo. Produzir, vender e
comprar se tornaram leis universais.
Propagandas em volume agressivo inundaram os meios de
comunicação. Invadiram nossas casas, nossas famílias, nossas mentes. Usamos e
compramos coisas supérfluas, descartáveis e de baixa durabilidade. Dedicamos
tempo e atenção a objetos inanimados que quando se tornam obsoletos repomos com
outros novos.
Com este cenário, a questão da sustentabilidade objetiva o uso
equilibrado dos recursos naturais. A população mundial aumenta a cada segundo.
Mais consumidores estão a caminho e a natureza possui menos a oferecer. Uma
equação preocupante e muitas vezes ignorada.
O meio ambiente está cada vez mais vulnerável à ação humana. Nos
deparamos freqüentemente com queimadas, devastações, gases que provocam efeito
estufa e por ai vai. E o agravante da escassez atingiu nosso maior tesouro – a água.
Sim, estamos atingindo a profecia apocalíptica da falta d’água. Inicialmente
tão abundante, porém como qualquer outro recurso natural, um bem finito.
Nossas ações mudam nosso mundo. Devemos nos policiar em uso
dos subsídios naturais para que não nos falte. Uma torneira pingando resultará em
uma perda irreparável. Afetará a fauna, afetará a flora, afetará pessoas.
Façamos nossa parte. Zelemos pelo que é nosso. A natureza é nossa maior
riqueza.
Dizem que nosso planeta é composto de tanto líquido natural
que deveria se chamar Planeta Água. Diante dos últimos fatos, fica mais
característico o nome Terra. Espero não estar mais presente caso combine mais,
o nome Planeta Deserto.
Pensar em sustentabilidade é pensar na
família, no próximo e em você mesmo.
Violenta, sangrenta, repleta de corpos dilacerados,
moribundos, cadáveres. Parece até cena de arena romana onde gladiadores se
matavam em nome do entretenimento publico, mas não. Essa descrição refere-se às
ruas, as casas, as escolas, os hospitais, as igrejas, do local conhecido como a
Faixa de Gaza.
Localizado em território palestino, entre Israel e Egito
percorrendo o Mar Mediterrâneo, a Faixa de Gaza possui um histórico sangrento
de batalhas. A principal desavença contém caráter religioso. Do lado oriental,
muçulmanos adoradores de Alá e seguidores do Alcorão. Do outro lado, judeus e
cristãos, seguidores de um mesmo Deus, apesar da diferença de costumes e
tradições.
A discórdia leva ao apelo dos instintos primitivos
ocasionando uma guerra sem fim. É fato que os seres humanos não nascem maus.
Essa “doença” é implantada em suas mentes caracterizando suas condutas. Em
ambos os lados é comum incitar desde recém nascido à doutrina de odiar o rival
que habita o outro flanco.
Os discursos invadem todos os cantos. Pessoas entendidas do
assunto, pessoas que pensam que são entendidas do assunto. Gente que sente
pena, porém ignora, gente que se sente aliviada por tudo se passar tão longe.
Para agregar a distorção dos fatos, conceitos equivocados e sentenças clichês
criadoras de estereótipos.
Muçulmanos insanos e terroristas, assassinos inescrupulosos
que se fazem de mártir para eliminar o maior número de inimigos possíveis em
troca de uma eternidade repleta de prazeres carnais, livres de sofrimentos. Judeus
conservadores, muquiranas, com seu alto poder de combate ocidental. Recursos
que vão do Krav Magá (técnica de
combate israelense) a mísseis com tecnologia de ponta. Um brinde aos aliados
americanos por essa graça.
Quem ganha e quem perde com isso? De dentro do furacão, do
cenário de guerra, ninguém. Todos saem derrotados. Perdem suas casas, seus
parentes, suas famílias, seus direitos, suas dignidades, suas vidas. Os vencedores, os que lucram com sangue e
destruição em massa, sequer tomam conhecimento do terror que se passa no
inferno, que algum dia, pessoas chamaram de lar. Fornecedores de armas,
governos e alguns líderes de pelotão enchem os bolsos. Os lucros de guerra em
troca de sofrimento e morte de inocentes.
Depois que a embriaguez causada pela Copa do Mundo de
futebol, disputada no Brasil acabou, as atenções voltaram aos acontecimentos ao
redor do globo. Essa nova fase de ataques entre os eternos rivais preencheram o
vazio deixado pelo evento futebolístico. O número alarmante de mais de 700
mortes em menos de uma semana fez com que o mundo atentasse mais uma vez a essa
insanidade.
Por mais pseudos motivos que se tenha, nada justifica. Guerra
é guerra. De fato muitos idealismos e questões culturais precisam ser revistas.
O extremo conservadorismo e ações bárbaras do lado árabe contra seu próprio
povo necessitam ponderações. Porém dizimar a todos não é a solução. O
denominador comum se atinge com conhecimento, diálogo e aprendizado mútuo.
A história nos ensinou que culturas divergentes aprenderam
com a interação e acima de tudo – paciência, para aprender com o outro. O mundo
hoje demanda tanto imediatismo que se torna escasso, o tempo necessário para
assimilar e habituar-se a novas idéias.
Armas e mortes estão longe de ser a solução. Por mais utópica
que seja o diálogo efetivo – que ultrapasse discursos vazios – é necessário
para se dar um basta no que parece sem fim.
Já
que o “mundo” pede paz, porque não darmos nossa contribuição? De que maneira?
Com o mínimo que seja. Que tal apelos e petições em redes sociais? Ou
divulgando e conversando sobre o assunto com conhecidos? Quem sabe escrevendo
sobre a guerra? Fantasioso isso ser eficaz, não? Mas quem sabe? Se fizermos
uma pequena diferença, salvar ao menos uma vida será alguma coisa.
A guerra é a coisa mais desprezível que existe. Prefiro deixar-me
assassinar a participar dessa ignomínia
Diferente dos demais, o dia 13 de julho de 2014 não foi comum
como outro qualquer. A princípio, estava separado para ser um marco histórico
no calendário nacional. Data escolhida para acontecer à final da copa do mundo
de futebol, e dessa vez em terras brasileiras.
Nossa seleção, cogitada como uma das favoritas levou o que
tinha de melhor. Dessa vez a expectativa era grande. Jogar em casa é um
privilégio ao qual não tínhamos a mais de 60 anos. Conquistar o sexto título ao
lado da torcida, seria um acontecimento memorável e o orgulho nacional
predominaria.
Se analisarmos em termos futebolísticos, esta copa de 2014
será lembrada como uma das melhores de todos os tempos. Já na primeira fase tivemos
grandes jogos, goleadas e surpresas. Favoritos caindo pelas beiradas, sendo
coadjuvantes, e seleções tidas como menores e passíveis de figurações,
avançando para fases posteriores.
Porém teve um pequeno problema – esqueceram de avisar os
adversários que esta copa do mundo estava separada para a seleção canarinho. A
mais desavisada foi à seleção alemã. O marco histórico aconteceu. Uma
terça-feira nublada como um presságio do que estava por vir. O dia em que o
mundo assistiu surpreso o maior vexame da história da seleção cinco vezes
campeã do mundo. Com alguns agravantes: em uma semifinal de copa e diante de
sua torcida.
Sonoros e agonizantes 7 a 1, onde vimos um show de técnica,
disciplina tática e postura ofensiva do lado germânico, e apatia, desespero e
escassez de opções, além de um futebol irreconhecível por parte da seleção
brasileira. Um jogo que marcou a história de todas as copas. Lamentável que o
maior vencedor tenha sido o antagonista do episódio.
Com a classificação mais que garantida, a Alemanha partiu
para sua sétima final. Para variar, enfrentou seu maior rival em copas do mundo
– a Argentina. Sexto confronto entre as seleções, o terceiro em uma final, e
apesar do resultado mínimo, a Alemanha se tornou tetra campeã mundial de
futebol, igualando-se a Itália.
Agora, qual o segredo dos alemães para tal sucesso? Como seu
futebol progrediu tanto nos últimos anos? E quanto a seleção brasileira? De que
maneira explicar o inexplicável? Porque de repente deixamos de ser
protagonistas e nos tornamos coadjuvantes? Quem se interessa pelo assunto e busca repostas plausíveis,
ao invés de teorias conspiratórias estúpidas, verá que a solução é óbvia e faz
todo o sentido.
Resumidamente falando, depois de perder a copa do mundo de
2002 para o Brasil, a Alemanha resolveu se reinventar, se atualizar e dar boas
vindas ao futebol moderno. Dentre as medidas adotadas constam investimentos na
educação e formação de novos atletas, preparo adequado aos novos talentos,
reformulação dos clubes de futebol do país, melhorias logísticas nos estádios e
em todo o processo futebolístico nacional.
Quanto ao Brasil, nada de novo foi feito. Velhos e arcaicos
métodos, administrados por velhos e etenos mesmos gestores, fez com que o
futebol brasileiro parasse no tempo. O discurso que a camisa amarela joga por
si e impõe sua pseudo superioridade a seus adversários, não convence mais.
Talvez se somarmos estes tópicos e alguns não mencionados, chegaremos ao
resultado de 7 a 1.
A copa do mundo no Brasil será inesquecível. E por mais que
discursos moralistas e políticos se tornem o “pai da criança”, o verdadeiro
show ficou por parte de jogadores e torcedores, de todo o globo que tornaram
nossa nação, um palco de grandes espetáculos.
E como novas tendências surgem de fórmulas que dão certos,
torçamos para que o modelo de organização e gestão germânica predomine não só no
futebol, mas também nos demais esportes em todos os cantos.
Danke Deutschland! Ou simplesmente: obrigado Alemanha.
Se todas as batalhas dos homens se dessem apenas nos campos de futebol,
quão belas seriam as guerras.
A selva está em êxtase, finalmente é chegada a hora. Todos
estão empolgados e se preparando com afinco. Os detalhes são minuciosamente
analisados, os critérios cuidadosamente avaliados. O tempo de espera cessa e o
entusiasmo toma conta de todos. A alegria envolve o ambiente, afinal a grande
festa chegou.
A cada quatro primaveras toda a floresta abre mão de sua
rotina e cede espaço para comemoração, ou popularmente conhecido por todos os
animais como: a grande festa. Durante este período de aproximadamente um mês ocorre
uma grande confraternização, que envolve músicas, alimentos, bebidas, competições,
extravagância e excessos.
É um período de paz, onde as desavenças são esquecidas, as
crises deixadas de lado e a harmonia impera entre os animais. Todos se reúnem
em pequenos, médios ou grandes grupos e acompanham os eventos programados. Uma
época em que o leão e a zebra compartilham fraternidade. Algumas rusgas
acontecem, mas faz parte da rivalidade. Quando as atividades diárias terminam,
todos sorriem e comemoram juntos, independente dos resultados.
Porém há um pequeno grupo que encontra-se preocupado com esta
situação. A colônia de formigas ciente do que essas grandes festividades
acarretam, não aprovam essa alienação de seus colegas florestais.
As comemorações resultam em árvores derrubadas, clareiras
abertas, erosão do solo, queimadas da vegetação e poluição dos rios. Por mais
tradicional que a festa seja, os animais não aprendem com o tempo, a
comemorarem com inteligência e preservar seu habitat. E o que é pior: uma
parcela dos piores predadores aproveita este período de “embriaguez” para explorar
os recursos existentes. Difícil impedi-los e contrariá-los, afinal, estão no
topo da cadeia alimentar.
Por mais que gritem e se exaltem as pequenas formigas não são
ouvidas. Suas advertências são ignoradas e ainda são taxadas por alguns como
“estraga prazeres”. No alto de sua
sabedoria, a grande rainha, acalma os corações contrariados de sua colônia. “Este é um período de festividade e
comemorações. É inútil tentar persuadi-los e contrariá-los. Não há o que ser
feito. Dêem tempo ao tempo”.
As pequenas formigas relutantes em assumir a derrota, são
desmotivadas aos poucos. Seus clamores não são ouvidos, seus alertas ignorados.
Este não é o momento de revolução. Perderam mais uma batalha. É hora de tirar
seu time de campo.
Com a expressão abatida elas assumem o golpe. Não que sejam
contra as festividades e diversão, isso é prazeroso e sadio a qualquer um.
Apenas desejam que as comemorações sejam mais harmoniosas e serenas. Assim
todos poderão aproveitar e ninguém sairá prejudicado.
Mas o resultado final será o esperado. Após o efeito sedativo
provocado pela grande festa passar, todos arcarão com as conseqüências. O homo sapiens, mais uma vez triunfará
divinamente, cada um correrá para seu canto como pode e os menores serão
esmagados.
Paciência! Assim é a lei da selva. Sobrevive aquele que é
mais forte.
Atenção: Essa é uma história de ficção. Qualquer semelhança
com sua realidade, especificamente a atual de seu país, é mera coincidência.
A verdade é que ser diferente incomoda,
quer ser aceito siga o padrão. Viva a Alienação.
Finalmente
vai começar. A ansiedade será extirpada. Os corações estarão acelerados com
tanta emoção. O maior espetáculo da Terra enfim se iniciará e o que é melhor - o
futebol finalmente volta para casa. Depois de 64 anos, enfim teremos uma Copa
do Mundo de futebol no Brasil.
Todo
brasileiro nasce com a bola nos pés. São abençoados com habilidades
futebolísticas. Alguns mais que os outros. Os que se destacam, são dotados de
uma habilidade sobrenatural e sonham em um dia serem jogadores famosos, a fim
de desfrutar riquezas, admiração, glamour e fortuna. Entretanto, todos sabem
dar os seus chutes na bola. Cada um tem um boleiro dentro de si.
Sendo o país
sede do evento, nossa seleção está automaticamente classificada para a
competição, mantendo-se assim como o único participante em todas as 20 edições
do torneio.
O tão
esperado dia 12 de junho está ai, data da abertura oficial da competição. Um
grande espetáculo aguarda todos que ao longo dos últimos anos anseiam a Copa do
Mundo de futebol em terras brasileiras. O palco está pronto. A nova e moderna
arena Corinthians, também conhecido como “Itaquerão” receberá o jogo de
abertura.
O duelo
inicial será entre Brasil e Croácia. Coincidentemente a mesma do primeiro jogo
da Copa de 2006, quando a nossa seleção dispunha do que ficou conhecido como
“quarteto fantástico”, composto de Ronaldo Fenômeno, Adriano Imperador, Kaká e
Ronaldinho Gaúcho, o então melhor jogador de futebol do planeta. A seleção,
então favorita a conquista do sexto título, venceu o jogo por 1 a 0, gol de
Kaká. Não foi o show que todos esperavam, porém o suficiente para seguir em
frente. Quem sabe dessa vez será melhor?
Muito se
prometeu para esta Copa do Mundo, tanto em investimentos em infraestrutura
quanto em pessoas. Em questões financeiras, o valor ultrapassa os bilhões de
reais, com direito até a uma arena na região amazônica, onde bem sabemos a
tradição no futebol é... Bem... Não tão grande assim.
Investimentos
nos meios de transportes como, metrôs, trens, ônibus modernos, aeroportos
reformados, mais espaçosos e confortáveis foram colocados em projeto, até um
trem-bala entrou na jogada. Além de melhores salários e material humano para
desempenhar um trabalho no chamado “Padrão Fifa”.
Muitos
reclamam que o Brasil necessita de melhorias em diversos setores, como
educação, saúde, habitação, saneamento básico e tantos outros. Mas quem sabe a
Copa do Mundo não trará o benefício que todos esperamos? Vamos torcer que a
sexta estrela traga com ela um legado de mudança e melhorias para nossa nação.
É Copa do
Mundo minha gente. Vamos torcer e vibrar com nossa seleção. Nossos “heróis”
estarão honrando nossas cores. O verde amarelo estará em campo, impulsionado
por 200 milhões de corações apaixonados pelo futebol. Viva o Brasil! E que
venha o Hexa.
...Somos realmente um povo bom de bola. Sabemos tudo sobre futebol...
Mas cá entre nós; vamos ser ruins de voto, assim, lá no inferno!
Dias, meses, anos, tudo passa. Tempo futuro, tempo passado,
tempo presente, o tic-tac não perdoa. Mudanças acontecem, mal percebemos, mal
nos adaptamos. Quando nos damos conta, nos surpreendemos e pensamos o quão
rápido tudo passou.
Dia de 24 horas, parece piada de mau gosto. Mal acordamos,
mal dormimos e lá vamos nós de novo, abraçados em nossas rotinas. Tudo recomeça,
as coisas se transformam, às vezes não percebemos. Não damos conta, não
interessamos, pouco importa.
A vida nos faz crianças, passivas de metamorfoses, de
aprendizados, de experiências inesquecíveis, descobertas infinitas ao longo de
nossa trajetória. O tempo nos move em busca de autoconhecimento, da definição
do próprio “eu”.
Analisando cada passo, cada decisão, notamos que o tempo não
perdoa, não permite erros. Impossível é voltar no tempo para corrigir o
equívoco, refazer, tomar outras escolhas. Para isso existe a desculpa, o pedido
e reconhecimento da falha, o flagelo do ego que nos diminui comparado à
perfeição.
Reconhecer os enganos é a saída para quem errou no passado e a
dura lição a quem deseja triunfar no futuro. Só aprende, só cresce, só
progride, quem erra. O erro é sinônimo de audácia, de coragem, de vitória.
Mas que tempo é esse que voa mais rápido que a luz e não me
deixa pensar? Não me deixa viver? Não me deixa respirar? Sufoca meus planos,
meus sonhos, minha sanidade? Só me resta olhar para trás e ver o que perdi, o
que ignorei, o que deixei de conquistar.
Olhar ao passado sim, apegar-se a ele, jamais. Ninguém pode
mudar o que passou. O projétil uma vez disparado, não muda seu curso, tampouco
o destino de seu alvo. É inútil vagar em busca do que poderia ter sido
diferente. Atentar-se ao que temos agora é a solução. Ações sóbrias e sensatas
justificam o bom caráter.
O que esperar do futuro? Como saberei o que acontecerá? Por
que ele não fala comigo? É a incógnita que dá sentido a vida, aumenta o drama e
as expectativas. Quando serei bem sucedido? Quando meu time vencerá novamente?
Quando aparecerá meu grande amor? Quanto tempo mais tenho de vida? O futuro é
movido pelo interrogatório, pelo receio, pelo medo.
Mas onde está o poder da decisão? Como poderei corrigir os
erros do passado e ter um futuro que desejo? Pergunte e responda isto agora.
Haja imediatamente, pois só temos controle do presente. É nele que nos
transformamos, melhoramos, evoluímos. Não tenha medo de agir. O futuro é
construído com ações presentes baseado no conhecimento passado.
Façamos uso dessa santíssima trindade da melhor maneira
possível. O ingrediente é antigo. Inverter as etapas é voltar ao zero, isso se
for abençoado com uma nova chance.
Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e
o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar,
fazer e principalmente viver.
Seu nome tem vários
significados, talvez abranja mais da metade do dicionário. Amor:afeição viva por alguém ou por alguma coisa / Condescendência:disposição que faz ceder aos sentimentos
ou aos desejos de alguém.Benevolência:Compreensão demonstrada por alguém;
excesso de boa vontade para com outra pessoa. Essas são apenas algumas das
centenas de definições e virtudes que podem ser traduzidas em apenas uma
palavra. MÃE.
Difícil
encontrar alguém que discorde que esta pessoa, esta criatura, este ser seja tão
menos divino do que o próprio Deus. De fato, são elas a representação física
mais próxima que temos Dele.
São
as únicas capazes de amar antes mesmo de conhecer ou conceber o filho amado. Ao
longo de suas vidas, dimensionam ao universo seu desejo de ser mãe, com a
promessa de amor e dedicação incondicional. Com suas bonecas, seu carinho, seu
amor, aos poucos a vida as prepara para assumir essa grande responsabilidade.
Ser
mãe é uma condição que atinge todas as categorias de seres vivos. Mães que
criam, que cuidam, que amamentam, que protegem, que orientam, que amam. Companheiras
fiéis de todos os momentos. O centro de conforto e ternura para as situações
mais adversas, nosso porto seguro para todas as tempestades.
Muitas
vezes incompreendidas, muitas vezes zelosas em excesso, muitas vezes injustiçadas.
Porém sua força materna é superior. Nossas companheiras que dividimos segredos,
nossos colos quando derramamos lágrimas, nossos sorrisos quando compartilhamos
alegrias.
Dignas
de todas as alegrias, de todos os momentos especiais, de todos os desejos
realizados. Quem não gostaria de oferecer o mundo a sua querida mãe? Porém
tanto presente, acarretaria em muita responsabilidade, por isso em sua
sabedoria, elas desejam que desempenhemos nosso melhor, como boas pessoas, bons
cidadãos, bons filhos.
Para
ser mãe, ser filhos, sermos amados, não necessariamente devemos sair de suas
entranhas, mas sim entrarmos em seus corações. Mãe é quem gera? Mãe é quem
cria? Mãe é quem ama.
E
qual será a visão delas? O que pensam sobre os filhos? É fato que são as
grandes homenageadas, então o que elas tem a dizer? Ai vai uma dica. Se
aconchegue ao seu lado da melhor maneira possível e pergunte, dialogue, faça-a
feliz. Presentes o tempo leva. Momentos ao lado de quem amamos são eternos.
Mães
são tão fundamentais que deveriam durar para sempre. As vezes temos este pensamento
um tanto egoísta, que fere a lei natural da vida, mas é o nosso amor ao bem
mais precioso que podemos ter. Ele fala mais alto em busca do direito de sermos
eternamente amados.
Mães
na terra, mães no céu, mães em nossos corações. Palavras são belas, porém
insignificantes à sua representatividade. MÃE EU TE AMO! Isso resume tudo. É
mais que bastante. Tão suficiente quanto simplesmente isso... MÃE.
Ser Mãe é assumir de Deus o dom da
criação, da doação e do amor incondicional. Ser mãe é encarnar a divindade na
Terra.
Segundo o dicionário, Nirvana é uma expressão budista que
significa “a última etapa
da contemplação, caracterizada pela ausência da dor e pela posse da verdade,
como decorrência da integração no espírito do Universo ou no seio da divindade
suprema”. Parece que a expressão, assemelhava-se
ao comportamento do líder da banda americana de mesmo nome. Kurt Cobain, na
busca de encontrar a si mesmo, encontrou apenas paz e ausência de sofrimento,
quando colocou fim a sua própria existência. Mártir ou covarde? Cada um tem
suas razões e não cabe a alguém julgar.
VOCÊ SABE QUE TEM RAZÃO (You Know You’re Right)
No final dos anos 80, Nirvana batalhava para se tornar uma
banda renomada. Seu estilo embora um tanto original, inicialmente não se
destacava das demais bandas de Rock daquela época. Guns & Roses, Queen, Bom
Jovi, Metallica, ocupavam a atenção da juventude neste período. Sem contar os
já consagrados, Rolling Stones, AC/DC, Pink Floyd e tantos outros. A
peregrinação do Nirvana pelas cidades americanas a bordo de um pequeno ônibus
onde seus integrantes eram os “faz tudo”, deste a montagem de equipamentos a vendedores
de camisetas da própria banda após os shows, para levantar subsídios, fez parte
do período inicial sofrível, na história daqueles que seriam um dos grandes
sucessos em todos os tempos.
SOU TÃO FEIO, MAS TUDO BEM, VOCÊ
TAMBÉM É (Lithium)
O primeiro
álbum, Bleach, mostrou o potencial, a vibração e energia da qual seus
integrantes dispunham. A indefinição de sempre deu uma trégua. Chad Channing,
um californiano de Santa Rosa, assumiu a função de baterista durante a produção
do disco. Bleach pode ser considerado um negócio da China, considerando sua
vendagem de mais de 30 mil cópias, pelo seu baixo custo que demandou duas
semanas de trabalho e exatos US$ 606, 17.
ACHO QUE VOCÊ É PERFEITA PARA O
CASO... ACHO (About a Girl)
O que nem o mais otimista dos fãs imaginava é que a próxima
empreitada daria tão certo, que consolidaria Nirvana, na galeria das mais
destacáveis bandas de Rock. Começou com a nova, porém definitiva alteração de
baterista. Desta vez Kurt Cobain e seu inseparável amigo Krist Novoselic descobrem
o talentoso David Grohl, vindo de Warren, Ohio. Seu estilo ousado e eletrizante
despertou a atenção da dupla, principalmente pelo recém integrado acompanhar
com maestria o ritmo vibrante do Punk Rock, adotado como gênero.
SOU O PIOR NO QUE FAÇO DE MELHOR
(Smells Like Teen Spirit)
Nevermind tirou o Punk Rock das sombras com suas letras mais
comerciais e menos “poluídas”. Eternizou sucessos como Lithium, Come As You
Are, In Bloom, On A Plain e o clássico Smells Like Teen Spirit, considerado por
muitos o maior sucesso de Nirvana e hino oficial do grunge. Alguns zeros foram
acrescentados e Nevermind diferentemente do primeiro álbum, até hoje vendeu mais
de 30 milhões de cópia em todo planeta. No início dos anos 90, Nirvana
destronou Michael Jackson do topo das paradas de sucesso e se tornou a maior
banda do mundo.
PREFIRO ESTAR MORTO DO QUE SER LEGAL
(EU NÃO SEI PORQUE) (Stay Away)
Como tudo não são apenas vitórias e a exemplo dos demais
mortais, os integrantes da banda tinham paralelamente, vidas e problemas,
principalmente Kurt, viciado em drogas mais pesadas e com seus constantes
problemas de saúde. Durante o período de sucesso, ele conhece e se apaixona pela
roqueira Courtney Love, despojada, drogada e excêntrica. Tais características agradaram
Cobain e depois de pouco tempo, eles se casam e do relacionamento nasce à
pequena Frances.
ME ESPANTA, A VONTADE DO INSTINTO
(Polly)
Com a enxurrada de shows, fãs, entrevistas e problemas
familiares, Kurt Cobain se mostra cada vez mais instável com tanta pressão. O
simples rapaz de Seattle, sonhador em busca de um objetivo, não estava
preparado para os efeitos colaterais da fama. Seus vícios e acessos de loucuras
eram resultantes de tanta responsabilidade. Os demais álbuns da banda, In Utero,
Incesticide, e Unplugged In New York MTV, tiveram grande repercussão e sucesso,
porém só fizeram aumentar o mostro que engoliria Kurt Cobain.
VENDA AS CRIANÇAS POR COMIDA (In
Bloom)
Outra de suas paixões, e também uma potencial ameaça, era seu
gosto obsessivo por armas de fogo, ao qual ele dispunha de uma coleção. Todos a
sua volta sabiam que aquilo era uma bomba relógio que a qualquer momento
explodiria. Com tamanho desespero, Kurt Cobain era cada vez mais o retrato de
seu próprio estilo, a própria representatividade do grunge. Depressivo
desvalorizava sua vida e desejava a morte.
EU AINDA NÃO ESGOTEI MINHA PACIÊNCIA
(I Hate Myself And I Want To Die)
A situação insustentável de Kurt Cobain fragilizou sua saúde
e o obrigou a cancelar uma turnê internacional na Europa, quando se preparava
para uma apresentação na Alemanha. A banda voltou para Seattle, onde Cobain
fora forçadamente internado em uma clínica de reabilitação. Impulsionado mais
uma vez por sua insanidade, ele foge e sozinho retorna para sua casa. Seu
último ato resume-se a uma espingarda de caça, calibre .20 e o cumprimento de
uma promessa ao qual ele havia descrito em uma carta de despedida.
TODOS OS PEDIDOS DE DESCULPAS (All
Apologies)
No último dia 05 de abril, fãs do mundo todo, relembraram os
20 anos do desfecho de um dos maiores músicos da história do Rock em todos os
tempos. Sobrou aos demais integrantes juntarem os cacos e darem seqüência as
suas vidas. Enquanto o baixista Krist Novoselic, leva uma vida pacata em
Washington, longe dos holofotes, David Grohl continuou sua sina em busca de ser
um Rock Star e hoje é o líder do Foo Fighters, uma das melhores bandas do
mundo, desde o próprio Nirvana.
ONDE AS PESSOAS MALVADAS VÃO QUANDO
MORREM? (Lake Of Fire)
Fascinante, demente, emocionante, deprimente. Muitas são as
características do legado deixado por Kurt Cobain. Um sonhador que se perdeu no
caminho. Alguém bem intencionado que tomou decisões equivocadas. Equivocadas,
porém não erradas. Cada um é responsável por seu próprio destino e sabe o que é
melhor para si. Se Kurt Donald Cobain se mostrou finito como outro qualquer,
seu estilo e sua música estão eternizadas no universo do Rock’n’Roll.
“As maiores loucuras são as mais sensatas alegrias, pois tudo que
fizermos hoje ficará na memória daqueles que um dia sonharão em ser como nós - loucos,
porém, FELIZES!”