segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Eu prometo...

Está chegando à hora... Novamente... Outra vez... No próximo cinco de outubro, a representatividade pública de mais de 200 milhões de brasileiros pelos próximos quatro anos será definida, através de eleições diretas decididas em regime democrático. Momento de reflexão, avaliação e decisão.


Quando o Brasil voltou a ser uma democracia na metade dos anos 80, os brasileiros passaram a acreditar que uma revolução desejada e necessária aconteceria. Através de uma constituição que favorecesse e tratasse os brasileiros como iguais perante a lei, o futuro de uma nação próspera estaria assegurado.  

Mas nada como o tempo para curar feridas e abrir outras. Com o passar dos anos, o ímpeto em busca de um país melhor perdeu força. A chama inflamada pela conquista da liberdade e livramento sufocante do regime militar se apagou. Velhos problemas retornaram e novamente o Brasil deu passos para trás.

Nossos índices que avaliam as nações retrocederam. Temos uma das piores distribuições de riquezas do mundo. Demais estatísticas como IDH (índice de desenvolvimento humano), taxa de natalidade infantil, segurança pública, qualidade educacional, nos nivelam a países que sofrem com misérias, guerras e desastres naturais. 


Se temos este cenário desastroso, o que estão fazendo os representantes do povo? Onde estão os tratados como excelentíssimos e autoridades respeitáveis e intocáveis? Ser um representante público é trabalhar para atender os interesses da população, tão simples quanto isto. E por que cargas d’água isso não acontece?

As respostas a essas perguntas são simples, todos sabemos e em geral são antecedidas por risadas satirizadas. Isso ocorre porque já há algum tempo, ver e ouvir alguém falando com sinceridade sobre política soa falso. Nosso sistema político perdeu sua credibilidade e os brasileiros não mais acreditam em discursos falaciosos e falsas promessas.

E como sempre tem espaço para cenários piores, eleições agora viraram palanque de espetáculos circenses. Pseudos famosos e atuais fracassados tentam o carreirismo público através de palhaçadas e exuberância de imbecilidades. Utilizam o fato de serem conhecidos na mídia para angariarem votos. Suas plataformas são vazias. Seus projetos são vagos, embasadas em velhas “doenças” sofridas por nosso país.  


Para comprovar a falta de credibilidade citada, muitos brasileiros, a fim de demonstrarem sua insatisfação e descaso com algo tão sério, oferecem seus votos e conseqüentemente suas confianças, em pessoas que nitidamente não possuem o menor preparo, não farão a mais simples diferença e apenas utilizarão para satisfação própria, os benefícios provenientes de recursos públicos.

A política sofre com essa anomalia, devido a não ser mais vista como uma serventia ao sistema e interesse público, mas sim como negócio. Muitos querem tirar proveito. Muitos querem se beneficiar com salários altos, status e poder.

Reflitamos sobre esses detalhes. Não pensemos que essa desordem não terá conseqüências futuras. Se escolhemos quem nos representa, então nós somos os responsáveis, os que realmente decidem, os patrões. Desejar o poder, todos querem, mas poucos estão preparados para arcarem com suas responsabilidades.


A mentira está presente antes das eleições, durante uma paquera e depois de uma pescaria.

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