segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Por que não entendo?

Penso, reflito e não consigo entender. São tantas as dúvidas, tantos mistérios, que quanto mais aprendo, mais ignorante me torno. É estranho imaginar que em muitos casos a ignorância parece uma benção. Quanto menos conhecimento disponho, menor será meu sofrimento. Será? Talvez...


As dúvidas começam quando crianças. Fase de aprendizado e descobertas. Tudo é novo, sem exceções. Perguntas são elaboradas e respostas adquiridas antes mesmo de serem pronunciadas. E com o tempo nada facilita, tudo se modifica e conforme nossas capacidades em aprender somadas as experiências que temos se tornam maiores, as dúvidas sobre tudo aumentam na mesma proporção.

Nos questionamos porque o céu é azul e não de outra cor, ou porque o brócolis tem um gosto tão amargo e ruim, mas é rico em minerais como potássio, ferro e zinco, propriedades indispensáveis para nosso organismo?  Por que as pessoas às vezes mentem, são falsas e desagradáveis, egoístas ou ainda malignas? Também por que outras são tão benevolentes, que nem o maior dos percalços as corrompe?

Por que algumas vivem plenitude, regados a sucesso e alegrias, são amadas e desejadas, muitos cultivam sua amizade e constante presença, enquanto outras sofrem com problemas contínuos, que apenas mudam de figura, mas são constantes em suas vidas medíocres?

Questões simples, questões complexas, tudo movido pela curiosidade, natural de todos. Sem o questionamento nada mudaria, o mundo não progrediria, ficaria na mesmice e completamente estagnado. Os avanços só foram possíveis, porque um dia alguém perguntou: Por que isso é assim, e não de outro jeito? A queda de uma maça na cabeça de um gênio nos levou a entender a gravidade. A inquietação de tantos outros também levaram a descobertas e invenções fascinantes, como o fogo, o avião, o facebook.

Como podemos perceber as perguntas sempre estiveram por trás da evolução. Cada nova descoberta acarretava em mudanças, seja de comportamento, atitude, crença ou planos pessoais.
Com a era da informação, o acesso a respostas ficou cada vez maior. Perguntas variadas são facilmente respondidas através de uma consulta à internet. Mas será que desejamos saber as respostas, ou a dúvida se torna nossa amiga? A resposta é que em alguns casos, gostamos de complicar em vez de esclarecer, e pode parecer maluquice, mas as afirmações convictas às vezes nos atrapalham e irritam, porque nem sempre é aquilo que esperamos ou queremos.

Ficou complicado entender? Não se preocupe você não é o único. As dúvidas são boas, nos aliviam do comodismo e aceitação condicionada. Busque respostas e as encontrará, ou ainda enfrentará mais dúvidas. Assim é a vida, com seus constantes questionamentos.

A dúvida é o principio da sabedoria.

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