No dia 7 de setembro de 1822, o então príncipe regente do
Brasil, Dom Pedro I, proferiu o que ficou conhecido como o grito da
independência dada as margens do rio Ipiranga. As palavras “independência ou
morte” ficaram eternizadas nos livros de história, páginas de internet e
registros de pesquisas. Mas, e quanto a seu significado? Somos uma nação
independente com uma população livre?
Independência significa liberdade, tão sonhada e desejada por
todos os homens, desde os primórdios dos tempos. O século XIX marcou o período
em que o Brasil deixou de ser dominado por Portugal. Os brasileiros
conquistaram autonomia sobre seu território e vivem de acordo com suas próprias
regras, costumes e cultura.
Pois é, como é bom o ar da liberdade. Sim, somos livres,
livres para pagar os impostos mais caros do mundo. Livres de prestar contas aos
estrangeiros, quando pagamos tributos aos famintos cofres públicos nacionais
com suas diversas siglas, significados desconhecidos e destinos ocultos.
A liberdade é encantadora e tem suas particularidades, que
muitas vezes não são apreciadas. Somos livres para nos deslocarmos quilômetros
e procurar postos de saúdes e hospitais para que possamos tratar nossas
enfermidades. Somos livres para assistir impotentes nossos pertences serem saqueados,
casas invadidas e famílias violadas.
Nossa liberdade atinge toda a extensão da nação. Somos livres
para assistir nossos nobres e excelentíssimos políticos conduzirem o país
conforme seus interesses pessoais. Suas atitudes e decisões são sempre distantes
das reais necessidades da população. A lista de demandas é grande: saúde,
educação, saneamento básico, segurança pública, trabalho. Somos livres para
enfrentar longas filas a procura de emprego. Somos livres para escolher entre
valores paupérrimos de salários ou benefícios ociosos do governo.
Somos livres para escolher, impostamente, quais serão nossos
representantes no setor público. Somos livres para ouvir e presenciar suas
falsas promessas de mudanças, carregadas de frases clichês e velhos chavões
sobre um sistema político mais justo e coerente para todos, e libertado de toda
corrupção que assola nosso país.
Me questiono quando seremos livres e independentes, para
tomar as rédeas e controlar nosso destino contra os problemas que evitam nosso
progresso como nação. Somos diariamente alvejados com problemas políticos
sociais, que nos diminuem como cidadãos brasileiros.
O sistema é terrivelmente difícil de ser revertido. Somos
sucumbidos à nossa rotina que nos impede de lutarmos por mais igualdade. Temos
que ter consciência de que somos livres por direito, e que a luta pela
independência do Brasil continua.
Independência ou morte...
...e o Brasil seguiu pelo caminho do meio!
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