segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O que fizeram com o Rock in Rio?

Vejo, e me causa estranheza. Analiso e não consigo entender. Tento assimilar, mas parece impossível. Quer dizer que o maior evento mundial de Rock’n’Roll, virou isso? Onde estão as verdadeiras bandas que representam o maior gênero musical, que sempre arrastou multidões ao longo dos anos por todo o globo terrestre?

O Rock in Rio, foi criado no ano de 1985, como um projeto audacioso de um empresário carioca. A cidade do Rock, como é conhecido o local de 250 metros quadrados, fora construída em Jacarepaguá, região oeste da capital fluminense. Na época o Brasil passava por uma reforma política desejada há muito tempo. O fim do período indesejado da Ditadura Militar e a volta da democracia marcavam um novo ciclo. O espetáculo do rock ratificou o idealismo invocado há tempos. A volta da liberdade de expressão como direito de livre manifesto engrandeceu os shows apresentados.

Sem ano definido para acontecer, o evento está em sua edição de número 13. Grandes nomes da música internacional já abrilhantaram o público com seus clássicos. Milhões de fãs contemplaram empolgados as apresentações de bandas como AC/DC, Iron Maiden, Metallica, Foo Fighters, e tantos outros. Não poderiam faltar as bandas nacionais. Marcaram presença, Barão Vermelho, Titãs, Legião Urbana, isso para citar alguns.

O Rock in Rio, saiu de casa levando o mesmo nome para o estrangeiro. O continente europeu fora escolhido para sediar. Rock in Rio – Lisboa, que abraçou o evento por cinco vezes, e Rock in Rio - Madrid, com um total de três edições. Um tanto incoerente, o evento por onde passou, levou fãs do gênero ao êxtase, afinal, onde quer que esteja o Rock’n’Roll tem como essência a arte do protesto e da vibração delirante, mesmo em locais de nomes conflitantes. 

Porém, conforme o tempo passou, começou a ficar difícil entender o critério utilizado para a organização dos shows. Bandas de axé, funk e outros gêneros, começaram a invadir o Rock in Rio como se fosse uma epidemia. A essência do evento foi jogada ao léu, enquanto modistas repentinos dominavam o espaço reservado às bandas do gênero original.

O que parecia injusto se tornou comum por mais que houvesse protestos por parte dos fãs. Os organizadores ignoravam os apelos por um critério à favor tão somente do rock. Afinal, não vemos bandas roqueiras invadindo micaretas carnavalescas.

Basta refletir um pouco para entender essa situação. O Rock in Rio deixou de ser um espetáculo que representasse a classe do Rock, e tornou-se uma máquina de imprimir dinheiro. Bandas de outros gêneros também conquistam e vendem, e apoiados no discurso, sem sentido para o caso, de inclusão, somos forçados a nos deparar com situações como essas, incoerentes, porém reais.

Cada um pode ser crítico sobre o caso da maneira que considerar mais propício. Porém acredito que cada coisa tem o seu devido espaço e tempo para acontecer. Misturar é bom? Difícil dizer, mas o importante é manter a coerência em qualquer situação que seja.


O Brasil é o País onde show de Rock não tem rock, viciado faz campanha anti-drogas e "comediante" se ofende com piada.

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