Brasil: país do futebol, do carnaval, de lugares bonitos,
mulheres maravilhosas e de tantos outros clichês que não agüentamos mais ouvir.
Pior que isso, é considerar o fato de sermos também o país da malandragem onde
tudo pode, nada é passível de punição e
prevalece a lei do mais forte.
Para não dimensionar e aproveitar a época oportuna, vamos
tratar da paixão nacional. Como bem sabemos no ano de 2014, será realizada a
vigésima edição da Copa do Mundo de futebol, e nossa amada terra será palco
desse espetáculo grandioso, unindo as nações, que buscam através do esporte,
alcançar um mundo mais igual e próspero onde as pessoas se amem.
Sim, vá se acostumando com frases de efeito do tipo, elas
serão excessivamente usadas com intuitos comerciais. Tudo isso faz parte do
espetáculo, atingir os espectadores que pagam a conta (e às vezes pagam muito
caro) para apreciarem toda a magia que envolve um evento dessa magnitude.
Mas tudo bem, lucrar com isso faz parte, e já que a conta é
dividida por todos, não pesa para ninguém. Pelo menos é isso que os
organizadores querem que pensemos. O
lado sombrio e não divulgado, ou pelo menos não comprovado e conseqüentemente
não punido, é muito pior do que imaginamos. Desvio de verba pública, obras
propositalmente atrasadas - para serem feitas em caráter de urgência sem
licitações, aumentando assim os desvios corruptos, - funcionários mal
preparados e mal equipados morrendo, e por ai vai.
A farra antes já prevista está em processo de conclusão, ou
pelo menos é o que dizem. Obras de estádios em lugares mal planejados, com
péssimas condições de segurança e custos exorbitantes que só Deus sabe o custo
total. Tudo isso às vésperas do mundial, e o discurso de “não se preocupe, vai
dar tempo”, perdura desde que o Brasil foi eleito cede do torneio, há oito anos.
Para piorar, o reflexo de toda essa zorra, reflete nos
estádios com cenas de violência, selvageria, covardia e em alguns casos, morte.
Bandos de marginais travestidos de torcedores buscam saciar seus instintos
violentos, cometendo barbárie, usando seus times como desculpa e pano de fundo
para gerar conflitos.
Está bom para você amigo leitor? Pois é, para os picaretas
não. Já que aqui tudo pode, porque não estender mais a baderna? Agora
resolveram (de novo) favorecer o time do Fluminense. Quem pagou o pato desta
vez foi a Portuguesa (mais uma vez a pobre Lusa). Com argumento de usar um jogador irregular, o time paulista perdeu quatro preciosos pontos e foi
rebaixado para a segunda divisão do campeonato brasileiro, fazendo com que o
tricolor das laranjeiras, renascesse das cinzas para voltar à elite do futebol
brasileiro de onde nunca devia ter saído – talvez assim parem com a sacanagem,
quem sabe?
Pois é a crítica encerra, mas o espírito crítico não pode
morrer. Somos massacrados por minorias poderosas e nos afugentamos como cães
acuados. Temos que nos unir para fazer do Brasil um país melhor. Agora, vamos
agir ou essa será apenas mais uma frase clichê?
"A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma
coisa muito nossa.”
Sai no Final de fevereiro https://www.facebook.com/eselfpress
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